segunda-feira, 16 de agosto de 2010

História da Copa do Mundo FIFA.


A Copa do Mundo de Futebol da FIFA iniciou em 1928, quando Jules Rimet decidiu criar um torneio internacional. A primeira competição ocorreu em 1930, tendo a participação de 13 equipes convidadas. Com o crescimento da competição, hoje é necessário passar por uma etapa classificatória de dois anos de duração, que conta com a participação de aproximadamente duzentas seleções de países, para participar do campeonato. O lugar que foi realizado a primeira copa em 1930 foi no Uruguai e a seleção de casa ganhou!

Competições internacionais anteriores:

A primeira partida internacional de futebol ocorreu em 1872 entre Inglaterra e Escócia. Nessa época, o futebol raramente era praticado fora do Reino Unido. O início da expansão do futebol internacional se deu com a criação da FIFA, em Maio de 1904, então formada por sete países do continente europeu. Com a crescente popularidade, o futebol participou dos Jogos Olímpicos de Verão de 1900, 1904 e 1906 como um esporte de demonstração, sem direito à medalhas, sendo oficialmente introduzido nos Jogos Olímpicos de Verão de 1908.

Organizado pela Federação Inglesa de Futebol, o evento somente era disputado por atletas amadores e era considerada uma competição menor dentro dos Jogos Olímpicos. A seleção amadora da Inglaterra foi campeã em 1908 e 1912.

A FIFA tentou organizar um torneio entre seleções fora do contexto olímpico em 1906, na Suíça, mas a tentativa fracassou. Como os Jogos Olímpicos eram disputados somente por equipes amadoras, as competições envolvendo equipes profissionais começaram a aparecer. Em 1908, foi realizado em Turim, Itália, o Torneo Internazionale Stampa Sportiva e, no ano seguinte, Sir Thomas Lipton organizou o Troféu Sir Thomas Lipton, também realizado em Turim. Ambos os torneios foram disputados apenas por clubes, cada qual de um país diferente. Por não terem sido disputados por seleções, não são considerados antecessores diretos da Copa do Mundo, apesar do Troféu Sir Thomas Lipton ser citado algumas vezes como a primeira Copa do Mundo de Futebol, sendo que o seu predecessor é quase sempre ignorado por ser menos conhecido.

Em 1914, a FIFA reconheceu as competições de futebol dos jogos olímpicos como campeonatos mundiais de futebol amador, e passou a ficar responsável pela organização do evento. Isso possibilitou a oficialização do futebol nos Jogos Olímpicos de Verão de 1920, onde o torneio foi vencido pela Bélgica. O Uruguai foi campeão em 1924 e 1928, ano em que a FIFA decidiu organizar seu próprio campeonato. Devido aos dois títulos olímpicos e à comemoração do centenário da independência, o Uruguai foi eleito sede da primeira Copa do Mundo.

A primeira Copa do Mundo Oficial

Países participantes da primeira Copa do Mundo FIFA

O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Verão de 1932 não queriam incluir o futebol na competição, devido à sua baixa popularidade nos Estados Unidos. A FIFA e o Comitê Olímpico Internacional também divergiam a respeito da definição de "atleta amador" e, então, o futebol ficou fora dos jogos.

Então, o francês Jules Rimet criou a primeira Copa do Mundo, em 1928, após ter assumido o comando da instituição mais importante do futebol mundial: a FIFA (abreviação de Federation International Football Association).

A competição foi realizada em 1930, no Uruguai, convidando um grupo de visionários administradores futebolísticos franceses, liderado na década de 1920 pelo inovador Jules Rimet, que teve a ideia original de juntar as melhores seleções de futebol do mundo para lutar pelo título de campeões mundiais. A taça de ouro original levou o nome de Jules Rimet e foi disputada três vezes nos anos de 1930, antes da Segunda Guerra Mundial interromper o campeonato por doze anos. Foram escolhidas treze seleções previamente selecionadas pela FIFA para participar do evento sem disputa de eliminatórias.

As treze equipes foram sete da América Latina (Uruguai, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru), quatro da Europa (Bélgica, França, Iugoslávia e Romênia) e duas da América do Norte (México e Estados Unidos).

A escolha do Uruguai como sede constituía um obstáculo à participação de equipes europeias, devido a longa jornada através do Oceano Atlântico, à época realizada em navios. A Seleção Uruguaia sagrou-se campeã e pode ficar, por quatro anos, com a taça Jules Rimet.

Formato de cada campeonato:

O número de equipes, bem como o formato final de cada torneio têm variado consideravelmente ao longo dos anos. Na maioria dos torneios, é composto por um round-robin seguido de uma fase única de eliminação (mata-mata).

  • 1930: Uma fase de grupo, seguida por uma fase de elimiação com um jogo contando com 4 equipes (os vencedores do grupo; note que não houve decisão de 3º lugar)
  • 1934-1938: Eliminação do torneio em um jogo; estes foram os únicos torneios sem uma fase de grupos.
  • 1950: Um grupo-fase de início, seguido por outra fase de grupos com quatro times (os vencedores de cada fase); este é o único torneio sem um jogo oficial final.
  • 1954-1970: Uma fase de grupos, seguida de uma fase de eliminação com oito times (os vencedores e vice-colocados de cada chave).
  • 1974-1978: Uma fase de grupos, seguida por uma segunda fase de grupos com 8 equipes (os vencedores e vice-colocados de cada chave), seguida pela final (os vencedores disputam a final, os vice-colocados o 3º lugar).
  • 1982: Uma fase de grupos inicial, seguida por outra fase de grupos com doze times (vencedores e segundos colocados de cada chave), seguida por semifinais e final (com os vencedores da segunda etapa).
  • 1986-1994: Uma fase de grupos, seguida por uma fase de eliminação com 16 equipes (os vencedores, segundo colocados e melhores terceiros colocados de cada chave).
  • 1998-presente: Uma fase de grupos, seguida por uma fase direta de eliminação com 16 equipes (os vencedores e segundo-colocados).

Referências

  1. 'A primeira Copa do Mundo'. O troféu Sir Thomas Lipton. Shrewsbury and Atcham Borough Council. Acessado em 11 de abril de 2006.
  2. O que é futebol amador? Website oficial da FIFA. Acessado em 10 de abril de 2006.
  3. VII. Campeonato de Futebol nas Olimpíadas de 1920 rec.sport.soccer Statistics Foundation. Acessado em 10 de junho de 2006.
  4. Formats of the FIFA World Cup final competitions 1930–2010 (PDF). FIFA.com. Página visitada em January 1 de 2008.

Ligações externas

Ano Anfitrião Times Round 1 Round 2 Fases finais
1930 Uruguai 13 4 grupos de 3 ou 4 times Eliminação de 4 times
(vencedores do grupo no round 1)
1934 Itália 16 Eliminação
1938 França 16 Eliminação
1950 Brasil 16 4 grupos de 4 times Grupos de 4 times
(vencedores do grupo no round 1)
1954 Suíça 16 4 grupos de 4 times Eliminação de 8 times
(vencedores e vice-colocados no round 1)
1958 Suécia 16 4 grupos de 4 times Eliminação de 8 times
(vencedores e vice-colocados no round 1)
1962 Chile 16 4 grupos de 4 times Eliminação de 8 times
(vencedores e vice-colocados no round 1)
1966 Inglaterra 16 4 grupos de 4 times Eliminação de 8 times
(vencedores e vice-colocados no round 1)
1970 México 16 4 grupos de 4 times Eliminação de 8 times
(round 1 - grupo vencedores e vice-colocados)
1974 Alemanha Ocidental 16 4 grupos de 4 times 2 grupos de 4 times
(round 1 - grupo vencedores e vice-colocados)
final
(round 2 grupo vencedores)
1978 Argentina 16 4 grupos de 4 times 2 grupos de 4 times
(round 1 grupo vencedores e vice-colocados)
final
(round 2 grupo vencedores)5
1982 Espanha 24 6 grupos de 4 times 4 grupos de 3 times
(round 1 grupo vencedores e vice-colocados)
Eliminação de 4 times
(round 2 grupo vencedores)
1986 México 24 6 grupos de 4 times Eliminação de 16 times
(round 1 grupo vencedores e vice-colocados, além dos 4 melhores 3º colocados)
1990 Itália 24 6 grupos de 4 times Eliminação de 16 times
(round 1 grupo vencedores e vice-colocados, além dos 4 melhores 3º colocados)
1994 Estados Unidos 24 6 grupos de 4 times Eliminação de 16 times
(round 1 grupo vencedores e vice-colocados, além dos 4 melhores 3º colocados)
1998 França 32 8 grupos de 4 times Eliminação de 16 times
(round 1 grupo vencedores e vice-colocados)
2002 Coreia do Sul
Japão
32 8 grupos de 4 times Eliminação de 16 times
(round 1 grupo vencedores e vice-colocados)
2006 Alemanha 32 8 grupos de 4 times Eliminação de 16 times
(round 1 grupo vencedores e vice-colocados)

Ano Time Capitão Treinador
1930

Uruguai

José Nasazzi Alberto Suppici
1934

Itália

Giampiero Combi Vittorio Pozzo
1938

Itália

Giuseppe Meazza Vittorio Pozzo
1950

Uruguai

Obdulio Varela Juan López
1954

Alemanha Ocidental

Fritz Walter Sepp Herberger
1958

Brasil

Hilderaldo Bellini Vicente Feola
1962

Brasil

Mauro Ramos Aymoré Moreira
1966

Inglaterra

Bobby Moore Alf Ramsey
1970

Brasil

Carlos Alberto Torres Mário Zagallo
1974

Alemanha Ocidental

Franz Beckenbauer Helmut Schön
1978

Argentina

Daniel Passarella César Luis Menotti
1982

Itália

Dino Zoff Enzo Bearzot
1986

Argentina

Diego Maradona Carlos Bilardo
1990

Alemanha Ocidental

Lothar Matthäus Franz Beckenbauer
1994

Brasil

Dunga Carlos Alberto Parreira
1998

França

Didier Deschamps Aimé Jacquet
2002

Brasil

Cafu Luiz Felipe Scolari
2006

Itália

Fabio Cannavaro Marcello Lippi
2010

Espanha

Iker Casillas Vicente Del Bosque


Copas do Mundo FIFA / Campeonatos do Mundo de Futebol FIFA:
Futebol masculino Uruguai 1930 · Itália 1934 · França 1938 · Brasil 1950 · Suíça 1954 · Suécia 1958 · Chile 1962 · Inglaterra 1966 · México 1970 · Alemanha Ocidental 1974 · Argentina 1978 · Espanha 1982 · México 1986 · Itália 1990 · Estados Unidos 1994 · França 1998 · Coreia do Sul/Japão 2002 · Alemanha 2006 · África do Sul 2010 · Brasil 2014 · 2018 (em eleição) · 2022 (em eleição) W.Cup.svg
Futebol feminino China 1991 · Suécia 1995 · Estados Unidos 1999 · Estados Unidos 2003 · China 2007 · Alemanha 2011
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Exame Nacional do Ensino Médio.


O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma prova criada em 1998 pelo Ministério da Educação do Brasil que é utilizada como ferramenta para avaliar a qualidade geral do Ensino Médio no país. Posteriormente, o ENEM começou a ser utilizado como exame de acesso ao Ensino Superior em universidades públicas brasileiras através do SiSU (Sistema de Seleção Unificada).

A prova também é feita por pessoas com interesse em ganhar pontos para o ProUni (Programa Universidade para Todos) e, a partir de 2009, além de servir como certificação de conclusão do Ensino Médio em cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA), antigo supletivo, substituindo o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

História do Enem

Ano Nº inscritos
2009 4.576.126
2008 4.018.070
2007 3.568.592
2006 3.742.827
2005 3.004.491
2004 1.552.316
2003 1.882.393
2002 1.829.170
2001 1.624.131
2000 390.180
1999 346.953
1998 157.221
Tab. 1: Número de Inscritos
no Enem por ano[1][2][3]

Criado em 1998 durante a gestão do ministro da educação Paulo Renato Souza, no governo Fernando Henrique Cardoso, o Enem teve por princípio avaliar anualmente o aprendizado dos alunos do ensino médio em todo o país para auxiliar o ministério na elaboração de políticas pontuais e estruturais de melhoria do ensino brasileiro através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ensino Médio e Fundamental, promovendo alterações nos mesmos conforme indicasse o cruzamento de dados e pesquisas nos resultados do Enem. Foi a primeira iniciativa de avaliação geral do sistema de ensino implantado no Brasil.

O primeiro modelo de prova do Enem, utilizado entre 1998 e 2008, tinha 63 questões aplicadas em um dia de prova.

No ano de 2009, a prova do Enem teve de ser cancelada poucos dias antes de sua realização devido ao roubo de cadernos de prova e o vazamento de seu conteúdo, revelando fragilidade na segurança do exame.

Novo Enem

Em 2009 o ministro da educação, Fernando Haddad, apresentou a proposta de unificar o vestibular das universidades federais utilizando um novo modelo de prova para o Enem.

O MEC argumenta que o vestibular tradicional desfavorece candidatos que não podem se locomover pelo território. Assim, um jovem que queira prestar medicina e tenha problemas financeiros, dificilmente poderá participar de processos seletivos de diferentes faculdades - e terá suas chances de aprovação diminuídas. Por outro lado, as federais localizadas em Estados menores ficam restritas aos candidatos de suas regiões.

De acordo com a Pnad 2007 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), de todos os estudantes matriculados no primeiro ano do ensino superior, apenas 0,04% residem no estado onde estudam há menos de um ano. Isso significa que é muito baixa a mobilidade entre estudantes nas diferentes unidades da Federação. Nos Estados Unidos, 19,2% dos alunos mudam de estado para cursar a universidade ("university") ou o curso semi-superior chamado "college".

A pasta diz que poderá aumentar as verbas para assistência acadêmica das universidades, para que candidatos de diferentes estados possam se manter estudando. Além disso, o ministério afirma que um exame nacional unificado, desenvolvido com base em habilidades e conteúdos mais relevantes, passaria a ser importante para definir a política educacional e o conteúdo a ser ensinado no segundo grau.

Devido a fortes suspeitas de vazamento da prova, que teve cadernos furtados em uma das gráficas que a produziu, o exame que estava planejado para ser realizado em outubro de 2009 foi adiado. Segundo especialistas, houve falta de planejamento e pressa na implantação do novo Enem, visando dividendos políticos em ano pré-eleitoral. O novo Enem passará a ter 180 questões aplicadas em dois dias de prova.

Com as datas remarcadas para 5 e 6 de dezembro de 2009, do total de 4,1 milhões de inscritos 37,7% abstiveram-se de realizar as provas no primeiro dia

Outro diferencial do Enem 2009 é a adoção da Teoria de Resposta ao Item (TRI) na formulação da prova, o que permitirá que as notas obtidas em edições diferentes do exame sejam comparadas e até mesmo utilizadas para ingresso nas instituições de ensino superior.

Usos

Pelos participantes

A nota do Enem pode ser utilizada como acesso ao Ensino Superior em universidades brasileiras que aderiram ao Enem como forma única ou parcial de seleção. Cada universidade tem autonomia para aderir ao novo Enem conforme julgue melhor. Nos mesmos moldes do ProUni, o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) é totalmente online e permitirá ao estudante escolher cursos e vagas entre as insitituições de ensino superior participantes que utilizarão o Enem como unica forma de ingresso.

A nota também é utilizada por pessoas com interesse em ganhar pontos para o Programa Universidade para Todos (ProUni).

A participação na prova serve como certificação de conclusão do Ensino Médio para pessoas maiores de 18 anos de idade.

Pelo governo

Os resultados do Enem são utilizados pelo governo do país como ferramenta para avaliar a qualidade geral do Ensino Médio no país, orientando as políticas educacionais do Brasil. Os dados apontados por essas avaliações têm mostrado, por exemplo, a distância entre o nível do ensino público e o particular. Mesmo numa prova que avalia habilidades e competências, em detrimento da memorização de conteúdos, a diferença de notas entre alunos de um e outro sistema de ensino é de 62% de diferença nas notas em 2005. O Novo Enem foi adiado para o dia 05 e 06 de Dezembro devido ao vazamento da prova.

A prova

Características do Enem
Duração 2 dias, com 5 horas no primeiro dia, e
5 horas e 30 minutos no segundo dia
Provas Quatro, com 45 questões cada
+ uma prova de redação

*Ciências da Natureza e suas Tecnologias
*Ciências Humanas e suas Tecnologias
*Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
*Matemática e suas Tecnologias
*Prova de redação
Questões 180 de múltipla escolha + 1 redação

O Enem é uma prova diferente dos vestibulares tradicionais aplicados pelas próprias universidades, pois tem como característica a transdisciplinaridade. O conceito de transdiciplinaridade consiste em formular questões que dependem do uso de duas ou mais disciplinas aprendidas no ensino médio para obter sua resposta.

Muitas faculdades e universidades usam a nota do Enem em seus processos seletivos. Isso tem feito com que cada vez mais alunos participem anualmente da prova.

O novo modelo de prova do Enem, a ser realizado em outubro de 2009, contará com 180 questões e uma redação.

Se o modelo novo seguir as características do anterior, todas as questões serão de múltipla escolha com 5 alternativas. Para evitar fraude, a prova é realizada em 4 versões identificadas por cores (amarela, branca, rosa e azul). O que difere uma prova da outra é a ordem das questões e alternativas. No entanto, as questões e textos das provas são os mesmos.

Por objetivar avaliar competências e não informações, a prova não é dividida em matérias. Também não é indicada a competência a ser avaliada em cada questão. Portanto, as questões são colocadas em uma seqüência sem qualquer tipo de agrupamento. O novo Enem mantém a exigência de compreensão dos enunciados ,porém cobrará mais domínio sobre o conteúdo do Ensino Médio.Porém valoriza o lado lógico e de interpretação do aluno,em um método totalmente diferente daqueles que os vestibulares geralmente ultilizam fazendo com que o aluno decore fórmulas e datas.O Enem visa avaliar a capacidade de raciocínio e as idéias do aluno.

Competências e Habilidades

O Enem é estruturado a partir de 4 competências - definidas como modalidades estruturais da inteligência, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer - e 21 habilidades, definidas como decorrentes das competências adquiridas e que se referem ao plano imediato do “saber fazer”, articulando-se por meio das ações e operações.

Competências
I- Dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso da linguagem matemática, artística e científica.
II- Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.
III- Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.
IV- Relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.
V- Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os direitos humanos e considerando a diversidade sociocultural.
Habilidades
1- Dada a descrição discursiva ou por ilustração de um experimento ou fenômeno, de natureza científica, tecnológica ou social, identificar variáveis relevantes e selecionar os instrumentos necessários para sua realização ou interpretação.
2- Em um gráfico cartesiano de variável socioeconômica ou técnico-científica, identificar e analisar valores das variáveis, intervalos de crescimento ou decréscimo e taxas de variação.
3- Dada uma distribuição estatística de variável social, econômica, física, química ou biológica, traduzir e interpretar as informações disponíveis ou reorganizá-las, objetivando interpolações ou extrapolações.
4- Dada uma situação-problema, apresentada em uma linguagem de determinada área de conhecimento, relacioná-la com sua formulação em outras linguagens e vice-versa.
5- A partir da leitura de textos literários consagrados e de informações sobre concepções artísticas, estabelecer relações entre eles e seu contexto histórico, social, político ou cultural, inferindo as escolhas dos temas, gêneros discursivos e recursos expressivos dos autores.
6- Com base em um texto, analisar as funções da linguagem, identificar marcas de variantes lingüísticas de natureza sociocultural, regional de registro ou de estilo e explorar as relações entre as linguagens coloquial e formal.
7- Identificar e caracterizar a conservação e as transformações de energia em diferentes processos de sua geração e uso social e comparar diferentes recursos e opções energéticas.
8- Analisar criticamente, de forma qualitativa ou quantitativa, as implicações ambientais, sociais e econômicas dos processos de utilização dos recursos naturais, materiais ou energéticos.
9- Compreender o significado e a importância da água e de seu ciclo para a manutenção da vida, em sua relação com condições socioambientais, sabendo quantificar variações de temperatura e mudanças de fase em processos naturais e de intervenção humana.
10- Utilizar e interpretar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações na atmosfera, biosfera, hidrosfera e litosfera, origem e evolução da vida, variações populacionais e modificações no espaço geográfico.
11- Diante da diversidade da vida, analisar, do ponto de vista biológico, físico ou químico, padrões comuns nas estruturas e nos processos que garantem a continuidade e a evolução dos seres vivos.
12- Analisar fatores socioeconômicos e ambientais associados ao desenvolvimento, às condições de vida e saúde de populações humanas, por meio da interpretação de diferentes indicadores.
13- Compreender o caráter sistêmico do planeta e reconhecer a importância da biodiversidade para preservação da vida, relacionando condições do meio e intervenção humana.
14- Diante da diversidade de formas geométricas planas e espaciais, presentes na natureza ou imaginadas, caracterizá-las por meio de propriedades, relacionar seus elementos, calcular comprimentos, áreas ou volumes e utilizar o conhecimento geométrico para leitura, compreensão e ação sobre a realidade.
15- Reconhecer o caráter aleatório de fenômenos naturais ou não e utilizar em situações-problema processos de contagem, representação de freqüência relativa, construção de espaços amostrais, distribuição e cálculo de probabilidades.
16- Analisar, de forma qualitativa ou quantitativa, situações-problema referentes a perturbações ambientais, identificando fonte, transporte e destino dos poluentes, reconhecendo suas transformações, prever efeitos nos ecossistemas e sistema produtivo e propor formas de intervenção para reduzir e controlar os efeitos da poluição ambiental.
17- Na obtenção e produção de materiais e insumos energéticos, identificar etapas, calcular rendimentos, taxas e índices e analisar implicações sociais, econômicas e ambientais.
18- Valorizar a diversidade dos patrimônios etnoculturais e artísticos, identificando-a em suas manifestações e representações em diferentes sociedades, épocas e lugares.
19- Confrontar interpretações diversas de situações ou fatos de natureza históricogeográfica, técnico-científica, artístico-cultural ou do cotidiano, comparando diferentes pontos de vista, identificando os pressupostos de cada interpretação e analisando a validade dos argumentos utilizados.
20- Comparar processos de formação socioeconômica, relacionando-os com seu contexto histórico e geográfico.
21- Dado um conjunto de informações sobre uma realidade histórico-geográfica, contextualizar e ordenar os eventos registrados, compreendendo a importância dos fatores sociais, econômicos, políticos ou culturais.

Resultados:

Melhores desempenhos
em 2008 nas capitais [9]
Região Cidade Maior
Pontuação
Sudeste Vitória 57,20
Sul Florianópolis 56,63
Centro-Oeste Brasília 52,67
Nordeste Natal 51,38
Norte Belém 48,9

O resultado do Enem de determinado ano sai apenas no ano seguinte. Logo, em 2009, levou-se em consideração a pontuação do ano de 2008.

As notas de cada escola vão de 0 a 100, de acordo com a média das notas dos alunos de cada instituição que participaram do exame.

Há críticas quanto ao sistema de pontuação do Enem, já que a pontuação de cada escola não necessariamente reflete a qualidade da mesma. Do mesmo modo, a classificação melhor ou pior não necessariamente indica que uma escola é melhor ou pior do que outra.

Em todo o Brasil, a média das pontuações de todas as escolas foi 43,930. A instituição com a melhor nota nacional em 2008 foi o Colégio de São Bento, no Rio de Janeiro.

Referências


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