José Eugênio Soares (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1938), mais conhecido como Jô Soares, é um humorista, apresentador de televisão, escritor, artista plástico, diretor teatral e ator brasileiro.
Biografia:
Filho do empresário paraibano Orlando Soares e da dona-de-casa Mercedes Leal, Jô queria ser diplomata quando criança. Estudou no Colégio São Bento do Rio de Janeiro e em Lausanne na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inatas apontavam-no para outra direção.
Vida pessoal:
Entre 1959 e 1979 Jô Soares foi casado com Teresa Austregésilo. Com ela teve o único filho: Rafael Soares (nascido em 1964). De 1980 a 1983 a atriz Sílvia Bandeira, doze anos mais nova, foi sua esposa. Em 1987 casou-se com a designer gráfica Flávia Junqueira Pedras Soares, de quem se separou em 1998. Já namorou a atriz Mika Lins.
O apresentador fala fluentemente cinco idiomas (inglês, francês, italiano, espanhol e obviamente português) e é sobrinho de Kanela, ex-técnico da seleção brasileira de basquete.
Carreira no cinema:
- 1954 - Rei do Movimento, de Victor Lima e Hélio Barroso
- 1956 - De Pernas pro Ar, de Victor Lima
- 1957 - Pé na Tábua, de Victor Lima com roteiro de Chico Anysio
- 1959 - Aí Vêm os Cadetes, de Luiz de Barros
- 1959 - O Homem do Sputnik, de Carlos Manga
- 1960 - Vai que É Mole, de J. B. Tanko
- 1960 - Tudo Legal, de Victor Lima
- 1965 - Pluft, o Fantasminha, de Romain Lesage a partir do texto teatral de Maria Clara Machado
- 1965 - Ceará contra 007, de Marcos Cesar
- 1968 - Hitler III Mundo, de José Agrippino di Paula
- 1968 - Papai Trapalhão, de Victor Lima
- 1969 - Agnaldo, Perigo à Vista, de Reynaldo Paes de Barros
- 1969 - A Mulher de Todos, de Rogério Sganzerla
- 1971 - Nenê Bandalho, de Emílio Fontana a partir de uma curta história de Plínio Marcos
- 1973 - Amante muito Louca, de Denoy de Oliveira
- 1979 - Tangarela, a Tanga de Cristal, de Lula Campelo Torres
- 1976 - O Pai do Povo, com roteiro e direção de Jô Soares
- 1986 - Cidade Oculta, de Chico Botelho, com participação de Arrigo Barnabé
- 1995 - Sábado, roteiro e direção de Ugo Giorgetti
- 2001 - O Xangô de Baker Street, produção cinematográfica a partir do romance homônimo dele mesmo Jô Soares, com direção de Miguel Faria Júnior. O filme contou com as participações internacionais de Maria de Medeiros e Joaquim de Almeida.
- 2003 - Person, documentário de Marina Person
- 2004 - A Dona da História, a partir da peça teatral homônima de João Falcão com direção de Daniel Filho
Carreira como ator de televisão:
- 1967 - Em "Família Trapo", roteirizava ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega e atuava como Gordon, o mordomo - TV Record-SP.
- 1970 - "Faça Humor, Não Faça Guerra" foi primeiro humorístico da TV Globo a contar a com a participação do comediante. O programa em meio à Guerra Fria e ao conflito do Vietnã brincava com o slogan pacifista hippie "Make love, don't make war" (Faça amor, não faça a guerra).
- 1973 - "Satiricom", novo humorístico da TV Globo, com direção de Augusto César Vanucci, realizava roteiros com Max Nunes e Haroldo Barbosa. A atração satirizava o título do filme homônimo de Federico Fellini - "Satyricon". Na promoção do programa, todavia, diziam que era a "sátira da comunicação" num mundo que tinha virado uma "aldeia global", expressão que esteve na moda depois dos primeiros anos da TV via satélite.
- 1976 - "Planeta dos Homens", nova sátira com o cinema - desta vez, a série cinematográfica "O Planeta dos Macacos", atuava com roteiros de Haroldo Barbosa.
- 1981 - "Viva o Gordo", com direção de Walter Lacet e Francisco Milani, foi o primeiro programa solo dele. Tinha roteiros de Armando Costa. Deu origem ao espetáculo do gênero "one man show" de Jô chamado "Viva o Gordo, Abaixo o Regime" (sátira explícita ao Golpe Militar de 1964 ainda vigente àquela época). As aberturas do programa brincavam com efeitos especiais usando técnica de inserção de imagens de Jô entre cenas famosas do cinema (como em "Cliente Morto Não Paga" e "Zelig") ou "contracenando" com políticos nacionais e internacionais, como Orestes Quércia, Jânio Quadros, Ronald Reagan etc.
- 1982 - Participação no "Chico Anysio Show".
- 1983 - Participação no musical infantil "Plunct, Plact, Zuuum".
- 1988 - "Veja o Gordo", estreia no SBT com o mesmo estilo do "Viva o Gordo" da Rede Globo.
- 2000 - Participação no especial de Natal do programa "Sai de Baixo" - episódio "No Natal a Gente Vem Te Mudar" (sátira ao título da peça de Naum Alves de Souza, "No Natal a Gente Vem Te Buscar".
Publicações:
- O astronauta sem regime, L&PM - 1985;
- O Xangô de Baker Street, Cia. das Letras - 1995;
- O Homem que Matou Getúlio Vargas, Cia. das Letras - 1998;
- Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, Cia. das Letras - 2005.
Curiosidades:
- Em 2000, o "Programa do Jô" foi protagonista de uma farsa. Alexandre dos Santos Selva Neto, na época com 62 anos, foi entrevistado como sendo Omar Khayam, um profeta de 99 anos. Com barba grisalha grande, cajado e roupa de pregador, ele esteve na TV Globo por duas vezes para ser sabatinado por Jô. Na verdade, o senhor havia sido condenado por estelionato e tinha ficha grande na polícia. A mentira foi descoberta logo depois da aparição dele na atração e rendeu reportagens nas revistas "Veja" e "Época", que contavam a saga do tal profeta. Mais nos links: http://epoca.globo.com/edic/20000814/soci9a.htm e http://veja.abril.com.br/160800/p_101.html
- Em setembro de 2009 renova contrato por seis anos com a Rede Globo de Televisão. Assim, o vínculo dele com a emissora vai até 2015. Durante este periodo está garantida a continuação do Programa do Jô, que, mantido no ar, completará 15 anos na estação fluminense e 27 se somar o tempo de SBT. [2]
2 comentários:
O juiz substituto André Avancini D'Avila, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, mandou a júri popular o pai-de-santo William Domingos da Silva e a esteticista Elsa Soares da Silva. Eles são acusados de ter matado Michael Mendes, quatro anos, num ritual de magia negra, na noite de oito de abril de 1989, dentro do terreiro de candomblé Axê Ilê Oxalufâ, situado no Setor Rio Formoso Eles serão julgados por homicídio com três agravantes: crime cometido por motivo torpe, com uso de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Na sentença, André Avancini observou que, embora as defesas de Silva e Elsa tenham pedido suas absolvições sob alegação de serem inocentes, as provas constantes dos autos, sobretudo as testemunhais, são suficientes para indicar a participação dos dois no crime. Os outros dois acusados, o mestre de candomblé Alexandre dos Santos Selva Neto e a faxineira Eva dos Santos Marinho, já morreram. De acordo com denúncia do MP, Michael Mendes morava com uma tia, que era vizinha de Elsa e freqüentava seu salão, eventualmente acompanhada do garoto. Decepcionada com sua vida amorosa, uma vez que seu companheiro a tinha deixado por um homem, Elsa teria recorrido ao pai-de-santo em busca de um ritual de magia negra que pudesse desfazer o novo relacionamento dele. Para tanto, ela teria usado o garoto, que teria sido sacrificado em um ritual de magia negra coordenado por Silva com o objetivo de resolver os problemas amorosos dela. O menino teria sido amordaçado e passado por um ritual de sacrifício que teria envolvido espancamento, retirada de três dentes, amputação de todos os dedos das mãos para, ao final, ser decapitado. O corpo da criança foi encontrado 20 dias depois, semi-enterrado, com a barriga para baixo e a cabeça virada para cima. Ao lado do corpo havia sete copos descartáveis brancos, um pente de cabo vermelho, plástico de buquê de flores, fitas vermelhas, velas amarelas e vermelhas, cigarrilhas, talco, pingas, cerveja, vinho, champanhe, uma caixa de papelão e um vidro de esmalte que tinha escrito, em seu rótulo, a palavra "pomba-gira", que, segundo a promotoria, é uma entidade espiritual que exige sangue humano.
O juiz substituto André Avancini D'Avila, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, mandou a júri popular o pai-de-santo William Domingos da Silva e a esteticista Elsa Soares da Silva. Eles são acusados de ter matado Michael Mendes, quatro anos, num ritual de magia negra, na noite de oito de abril de 1989, dentro do terreiro de candomblé Axê Ilê Oxalufâ, situado no Setor Rio Formoso Eles serão julgados por homicídio com três agravantes: crime cometido por motivo torpe, com uso de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Na sentença, André Avancini observou que, embora as defesas de Silva e Elsa tenham pedido suas absolvições sob alegação de serem inocentes, as provas constantes dos autos, sobretudo as testemunhais, são suficientes para indicar a participação dos dois no crime. Os outros dois acusados, o mestre de candomblé Alexandre dos Santos Selva Neto e a faxineira Eva dos Santos Marinho, já morreram.
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