Cruzar com gato preto na rua dá azar. Jogar sabão para Santa Clara faz parar de chover.Chinelo ou sapato com a sola virada para cima, o pai ou a mãe podem morrer.Sol com chuva, casamento de viúva.Apontar estrela com o dedo faz nascer verruga.Mulher que tem o segundo dedo do pé maior que o primeiro, manda no marido.Cortar cabelo na Sexta-feira Santa não cresce mais.Vassoura atrás da porta espanta visitas.Sexta-feira 13 é dia de azar.Agosto é mês do desgosto .Assobiar à noite chama cobra.Comer manga com leite faz mal.Jogar sal no fogo espanta o azar.A pessoa que é pulada não cresce mais.O número 7 é o número da mentira.Quem passa debaixo do arco-íris vira mula - sem - cabeça.Quem come banana à noite, passa mal.Quem canta na quaresma vira mula - de - padre.Quem comer muito à noite terá pesadelos.Passar debaixo da escada é má sorte.Quebrar um espelho, dá sete anos de azar.Colocar bolsa no chão faz o dinheiro acabar.- No mundo todo, a passagem do ano é cheia de rituais, simpatias e superstições -- e boa parte deles tem a ver com o que comemos ou bebemos (ou arremessamos) na última noite do ano:No sul dos Estados Unidos, acredita-se que se você comer ervilhas na ceia, terá sorte no Ano Novo. A sorte aumentará se o prato for acompanhado de repolho verde.Chocolate tem a fama de atrair riquezas, mas se você quer um ano cheio de sexo, nada supera uma ostra - recomendam os gregos.Na costa noroeste dos Estados Unidos, o pessoal come salmão para atrair coisas boas no ano vindouro.A tradição também diz que quem come o bolo de São Basílio, uma guloseima também conhecida como "Bolo dos Reis" é uma das favoritas. Diz a lenda que apenas a dona da casa pode fazer esse bolo redondo, e que no momento de levá-lo ao forno ela deve estar usando suas melhores roupas e jóias. Na massa que vai ao forno, há moedas e outros pequenos objetos. Antes de servir, usa-se um copo para cortar a porção central, fazendo com que o doce ganhe o formato de um anel. A porção central é oferecida ao santo e só então o bolo pode ser cortado. Aqueles que encontrarem algum "tesouro" na sobremesa terão sorte o ano todo.Os alemães acreditam que o primeiro alimento consumido no ano que chega devem ser panquecas.Os espanhóis correm contra o relógio. Segundo a tradição, durante cada uma das 12 badaladas da meia-noite come-se uma uva grande, o que garante a sorte para o resto do ano - mas só para quem lograr o intento antes que o relógio se cale.Já os italianos, assim como os brasileiros, acreditam que uma colherada de lentilhas é sinônimo de dinheiro no novo ano, enquanto a carne de porco, bem gordurosa, simboliza prosperidade e progresso.Os japoneses, por sua vez, consomem comem uma sopa chamada ozoni -- feita de arroz, massa e vegetais. É um tipo de elixir que acalma um estômago irritado e afasta os rancores.Um bolo embebido em licor é tradição na Irlanda, na "Noite dos Grandes Pratos" (véspera de Ano Novo). Comer porções generosas nesse dia significa, para os irlandeses, dispensa cheia o ano todo. Chamado Barm Brack, cheio de especiarias e uvas passas, normalmente, após mordido 3 vezes pelo dono da casa, é arremessado contra a porta principal. O procedimento, acreditam, afasta a fome daquele lar durante todo o próximo ano.Uma tradição escocesa chamada "First Footing" (algo como "primeiro a pisar") diz que a sorte que você terá no ano vindouro depende de quem for o primeiro a entrar em sua casa. Caso seja um estranho de cabelos escurso segurando um pedaço de pão, uma moeda de ouro e um pedaço de carvão, não se pode esqueçer de lhe servir uma bebida forte e um bolo de frutas embebido em uísque para ter sorte o ano todo.Os espanhóis fazem a contagem regressiva para o Ano Novo, comendo uvas - uma por segundo.
Algumas Crendices:
Crendices extraídas do livroFolclore: similaridade nos países do MercosulPaula Simon Ribeiro - Martins Livreiro - 2002...
Crendices gerais:
Crendices gerais:
Comer frutas com grãos no Ano Novo (uva, romã, etc) para ter sorte e fortuna durante o ano todo que está começando
Ferradura atrás da porta afasta o mau olhado
Sal no fogo afasta visitas
Varrer os rastros de uma pessoa afasta-a para sempre
Derramar açúcar traz sorte
Quando o grilo canta dentro de casa é sinal que se receberá dinheiro
Crendices e superstições ligadas a namoro, noivado e casamento
A jovem que pega o buquê da noiva será a próxima a casar
Varrer os pés de moça solteira, não casa naquela ano
Moça que abre sombrinha dentro de casa fica "para titia"
Quando a fumaça do cigarro forma um círculo é por que a pessoa amada está pensando na outra
Ligadas à gravidez, ao nascimento ou recém-nascido
Não deve pular cerca, senão a criança nascerá aleijada
Quando a grávida tem desejo e não é atendida, a criança nasce de boca aberta ou fica "babão", e quem não atende fica com terçol
Criança que ri dormindo está sonhando com os anjinhos
Para passar soluço do nenê, deve-se colocar na testa do mesmo um fiapo de lã, de preferência vermelho; colar com a saliva da mãe
Superstições gerais
Xícara virada com a boca para baixo atrasa a vida
Chinelo ou sapato virado provoca a morte da mãe
Enrolar as meias enrola a vida
Espelho quebrado dá sete anos seguidos de azar
Varrer a casa à noite atrai desgraças
Apontar para as estrelas faz nascer verrugas nos dedos da mão
A Lua
A grande maioria de nossas crendices herdamos de Portugal, onde o povo - apesar de religioso - acredita em muitas coisas que a lógica ou a racionalidade não explicam. No meio rural é crença generalizada que a lua tem influência direta em toda a atividade humana, especialmente na lavoura, na pecuária, no clima, nas chuvas e até mesmo na vida do homem. Para quem lida com plantações, as fases da lua devem ser cuidadosamente observadas. Exemplos:
Legumes de cabeça (repolho, alface e outros) devem ser transplantados na minguante e as folhosas (couve, radiche, espinafre, etc) na nova.
Quem cria aves deve cuidar para que o nascimento dos pingos não ocorra na minguante. Se forem colocados no "choco" na minguante, os ovos "goram" e perde-se a ninhada. A influência da lua e das tempestades é neutralizada por um prego enferrujado ou pedaços de carvão colocados no ninho.
Para o cabelo crescer rapidamente deve ser cortado na nova, crêem alguns, outros acreditam que na nascente. É consenso que quem tem muito cabelo e não quer que cresça logo, deve corta na minguante.
Não se deve deixar as fraldas do recém-nascido no varal à luz do luar, pois este terá cólicas. Se isto acontecer, a mãe com o filho nos braços o mostra para a lua e reza esta oração "Lua, luar, me deste este filho e me ajuda a criar".
Nota do Cohen: Este livro é uma excelente fonte de folclore. Além de outras várias crendices associadas com chuva, pássaros, etc, ainda possui seções sobre lendas, mitos, linguagem popular, morte na visão popular.
E o MELHOR: Não está esgotado e pode ser comprado nas melhores livrarias ou direto na Martins Livreiro. Se não queres perder tua memória ou, a contrário, se queres lembrar de tua avó, consegue um exemplar!
Ferradura atrás da porta afasta o mau olhado
Sal no fogo afasta visitas
Varrer os rastros de uma pessoa afasta-a para sempre
Derramar açúcar traz sorte
Quando o grilo canta dentro de casa é sinal que se receberá dinheiro
Crendices e superstições ligadas a namoro, noivado e casamento
A jovem que pega o buquê da noiva será a próxima a casar
Varrer os pés de moça solteira, não casa naquela ano
Moça que abre sombrinha dentro de casa fica "para titia"
Quando a fumaça do cigarro forma um círculo é por que a pessoa amada está pensando na outra
Ligadas à gravidez, ao nascimento ou recém-nascido
Não deve pular cerca, senão a criança nascerá aleijada
Quando a grávida tem desejo e não é atendida, a criança nasce de boca aberta ou fica "babão", e quem não atende fica com terçol
Criança que ri dormindo está sonhando com os anjinhos
Para passar soluço do nenê, deve-se colocar na testa do mesmo um fiapo de lã, de preferência vermelho; colar com a saliva da mãe
Superstições gerais
Xícara virada com a boca para baixo atrasa a vida
Chinelo ou sapato virado provoca a morte da mãe
Enrolar as meias enrola a vida
Espelho quebrado dá sete anos seguidos de azar
Varrer a casa à noite atrai desgraças
Apontar para as estrelas faz nascer verrugas nos dedos da mão
A Lua
A grande maioria de nossas crendices herdamos de Portugal, onde o povo - apesar de religioso - acredita em muitas coisas que a lógica ou a racionalidade não explicam. No meio rural é crença generalizada que a lua tem influência direta em toda a atividade humana, especialmente na lavoura, na pecuária, no clima, nas chuvas e até mesmo na vida do homem. Para quem lida com plantações, as fases da lua devem ser cuidadosamente observadas. Exemplos:
Legumes de cabeça (repolho, alface e outros) devem ser transplantados na minguante e as folhosas (couve, radiche, espinafre, etc) na nova.
Quem cria aves deve cuidar para que o nascimento dos pingos não ocorra na minguante. Se forem colocados no "choco" na minguante, os ovos "goram" e perde-se a ninhada. A influência da lua e das tempestades é neutralizada por um prego enferrujado ou pedaços de carvão colocados no ninho.
Para o cabelo crescer rapidamente deve ser cortado na nova, crêem alguns, outros acreditam que na nascente. É consenso que quem tem muito cabelo e não quer que cresça logo, deve corta na minguante.
Não se deve deixar as fraldas do recém-nascido no varal à luz do luar, pois este terá cólicas. Se isto acontecer, a mãe com o filho nos braços o mostra para a lua e reza esta oração "Lua, luar, me deste este filho e me ajuda a criar".
Nota do Cohen: Este livro é uma excelente fonte de folclore. Além de outras várias crendices associadas com chuva, pássaros, etc, ainda possui seções sobre lendas, mitos, linguagem popular, morte na visão popular.
E o MELHOR: Não está esgotado e pode ser comprado nas melhores livrarias ou direto na Martins Livreiro. Se não queres perder tua memória ou, a contrário, se queres lembrar de tua avó, consegue um exemplar!
Crendices extraídas do livro:
Folclore do Rio Grande do Sul; Dante de Laytano - Nova Dimensão - 1987
Indumentária e superstições...
Indumentária e superstições...
O folclore agro-pastoril que define o comportamento do gaúcho ainda está cercado de novas áreas de análise, como o folclore da indumentária. Pala, chiripá, ponche, ceroula de crivos, bota-garrão-de-potro, lenço pendurado nos cabelos ou enrolados no pescoço, chapéu de aba larga, bota-gaitinha, botas de cano mole, bombachas, guaiaca (cinto campeiro), camisas de uma só cor, esporas, chapéu, faixa na cintura, o poncho-pala, o colete, etc. A indumentária das mulheres: vestido de chita floreado e lenço de seda no pescoço, etc. A pintora gaúcha Isolda Brans que viveu muitos anos em Roma, deu início a uma série de pranchas das mais apreciadas sobre a indumentária.
Um aspecto da vida rural fornecido por um europeu é realmente novidade. Não esqueceu de falar até na festa do Divino Espírito Santo e na bandeira do Divino. Cuidar do mate cevado e todo o ciclo da erva-mate; não lhe escapou a presença do negro, não só no patuá, amuleto africano. Carlos Jansen, no "O patuá", 1879.
Mas o alude a negro nagô, indo diretamente a uma definição única. Citou a caça da perdiz, aliás, ele, Jansen, tratou de outras caças. Descreveu as atafonas e incursionou na economia agrícola dentro da vida rural predominantemente pastoril. "Curar bicheira", com o emprego de "rosário de garras" é uma das superstições mencionadas por Jansen ao se referir à doença do gado. O "rosário" se compunha de pedaços de arreios velhos e imprestáveis em pontas de couro enfiadas. Era mesmo um amuleto, uma simpatia. Como o patuá que possuía virtudes salvadoras e defensivas do mau olhado e realizava milagres para quem o louvasse e levasse preso ao corpo por corrente ou fita ou barbante. Ou qualquer outra maneira. O gaúcho quanto ao folclore das superstições não escapa ao contexto popular da quantidade de sua presença na vida do cotidiano. "Ahó-ahó", superstição missioneira, e velha monstruosa, capaz de devorar índios. Fantasmas da cultura indígena são os "angüeras", fantasmas meio brincalhões.
A cura da asma se procedia com a matança de um destes palmípedes, que é o biguá. Abriam a ave a ponta de faca e ainda vivo aplicavam contra o peito do paciente, como conta Augusto Meyer, no seu "Guia", "Boi-tatá", o "caa-porá" (fantasma do mato, uma espécie de protetora da caça) e boitatá é fogo fátuo que anda pelos campos cercado de mistérios de medo. Tr~es penas de uma pequena coruja chamada "caburé" é o suficiente para trazer sorte no amor, nos negócios, na fortuna, na guerra e em tudo. O carbúnculo, animal fabuloso, propiciador de riquezas, é superstição que se formou no tempo da conquista e mais tarde entrou a circular na tradição missioneira, identificado como "teiuiaguá" guarani.
A cura da bicheira era recomendada aos viajantes que usassem na montaria um pelego de guará. Mas pelo de guará é uma superstição rural da medicina folclórica. Guizo de cascavel usado num patuá suspenso ao pescoço era considerado remédio infalível contra erisipela. As mulheres usavam-no na liga da meia.
Veneno de cobra - a mordida de cobra é curada de benzedura, a matança da cobra de imediato que mordeu a vítima e comer-lhe o fígado cru. na Na região missioneira, manteve-se algum tempo o "Velório da Cruz": a antiga prática funerária que consistia de um ano após ser enterrado o morto; iam até o cemitério, retiravam a cruz de seu túmulo e a levavam para uma sala, velando-a como se fosse o morto, em companhia de choradeiras, fadinhas e rezadores profissionais e um novo baile, custeado pelo padrinho do noivo. Em Viamão ainda se mantém este culto. E noutros municípios.
Nota do Cohen: Esta obra se espalha desde o registro das etnias do Rio Grande, passando por detalhes do gaúcho e seu cavalo, igrejas e orixás, o tradicionalismo, lendas e campo e lavoura. 350 folhas de pura pesquisa.
Um aspecto da vida rural fornecido por um europeu é realmente novidade. Não esqueceu de falar até na festa do Divino Espírito Santo e na bandeira do Divino. Cuidar do mate cevado e todo o ciclo da erva-mate; não lhe escapou a presença do negro, não só no patuá, amuleto africano. Carlos Jansen, no "O patuá", 1879.
Mas o alude a negro nagô, indo diretamente a uma definição única. Citou a caça da perdiz, aliás, ele, Jansen, tratou de outras caças. Descreveu as atafonas e incursionou na economia agrícola dentro da vida rural predominantemente pastoril. "Curar bicheira", com o emprego de "rosário de garras" é uma das superstições mencionadas por Jansen ao se referir à doença do gado. O "rosário" se compunha de pedaços de arreios velhos e imprestáveis em pontas de couro enfiadas. Era mesmo um amuleto, uma simpatia. Como o patuá que possuía virtudes salvadoras e defensivas do mau olhado e realizava milagres para quem o louvasse e levasse preso ao corpo por corrente ou fita ou barbante. Ou qualquer outra maneira. O gaúcho quanto ao folclore das superstições não escapa ao contexto popular da quantidade de sua presença na vida do cotidiano. "Ahó-ahó", superstição missioneira, e velha monstruosa, capaz de devorar índios. Fantasmas da cultura indígena são os "angüeras", fantasmas meio brincalhões.
A cura da asma se procedia com a matança de um destes palmípedes, que é o biguá. Abriam a ave a ponta de faca e ainda vivo aplicavam contra o peito do paciente, como conta Augusto Meyer, no seu "Guia", "Boi-tatá", o "caa-porá" (fantasma do mato, uma espécie de protetora da caça) e boitatá é fogo fátuo que anda pelos campos cercado de mistérios de medo. Tr~es penas de uma pequena coruja chamada "caburé" é o suficiente para trazer sorte no amor, nos negócios, na fortuna, na guerra e em tudo. O carbúnculo, animal fabuloso, propiciador de riquezas, é superstição que se formou no tempo da conquista e mais tarde entrou a circular na tradição missioneira, identificado como "teiuiaguá" guarani.
A cura da bicheira era recomendada aos viajantes que usassem na montaria um pelego de guará. Mas pelo de guará é uma superstição rural da medicina folclórica. Guizo de cascavel usado num patuá suspenso ao pescoço era considerado remédio infalível contra erisipela. As mulheres usavam-no na liga da meia.
Veneno de cobra - a mordida de cobra é curada de benzedura, a matança da cobra de imediato que mordeu a vítima e comer-lhe o fígado cru. na Na região missioneira, manteve-se algum tempo o "Velório da Cruz": a antiga prática funerária que consistia de um ano após ser enterrado o morto; iam até o cemitério, retiravam a cruz de seu túmulo e a levavam para uma sala, velando-a como se fosse o morto, em companhia de choradeiras, fadinhas e rezadores profissionais e um novo baile, custeado pelo padrinho do noivo. Em Viamão ainda se mantém este culto. E noutros municípios.
Nota do Cohen: Esta obra se espalha desde o registro das etnias do Rio Grande, passando por detalhes do gaúcho e seu cavalo, igrejas e orixás, o tradicionalismo, lendas e campo e lavoura. 350 folhas de pura pesquisa.
Crendices extraídas do livro:
Medicina campeira e povoeira;
Hélio Moro Mariante - Martins Livreiro - 1984
Crendices e superstições...
Crendices e superstições...
No capítulo referente à medicina mágica e supersticiosa relacionamos uma série de abusões, crendices e superstições, bem como os remédios usados pelo povo para a cura de determinados males, ou obtenção de graças por intermédio de orações e simpatias, principalmente quando se trata de moléstias de fundo psíquico.
A seguir trataremos de tabus, de não-presta, ou faz-mal, relacionados com a vida e a morte, com doenças, com a menstruação, gravidez e parto, e com uma série de outros estados a que sói ser levado o homem.
O verbete tabu aqui empregado tem o sentido de restrição, de proibição e principalmente de proteção contra algo que possa causar um mal, objetiva ou subjetivamente.
Sobre a morte
Não se deve costurar roupa no corpo de uma pessoa, por que essa pessoa pode morrer muito breve, "só se costura no corpo mortalha de defunto". Se for necessário, proceder a costura dizendo "eu te coso vivo e não morto".
Dormir com os pés virados para a porta da rua é agouro de morte.
Doente que muda de cabeceira na cama está às portas da morte.
Dormir sobre a mesa chama a morte.
Treze pessoas sentadas à mesa ocasionará a morte de uma delas, geralmente da última que chegou.
Cachorro que uiva à noite, coruja que pia em cima da casa, ou borboleta preta (bruxa) entrando na residência é sinal que a morte anda rondando alguém da família.
Para que um defunto não inche, deve-se colocar uima chave na sua mão.
Sobre doenças
Urinar contra o vento dá gonorréia.
A urina do sapo cega.
Mijar em cima de tijolo quente é bom para urina presa (anúria).
Uma ferradura afixada numa porta evita que a doença entre na casa.
encharcar um pedaço de pão com a saliva de cirnaça acometida de coqueluche e dando-o para um cão comer, a doença transfere-se para o animal.
Sobre mau-olhado, azar, olho-grande
Matar um grilo traz azar.
Matar um urubu atrasa a vida.
Um colar feito com sete cabeças de alho previne contra o mau-olhado.
É mau agouro colocar tições em forma de cruz no fogo.
Outros assuntos
Para obter um sono leve basta colocar sob o travesseiro um esporão de quero-quero.
Menino que brinca com fogo, mija na cama.
Urinar na água é o mesmo que mijar na cara da madrinha.
Botar sal no fogo é atraso na vida.
Cobra não morde mulher menstruada por que, se o fizer, morrerá.
Mulher grávida não deve portar uma chave no seio, pois se assim proceder, a criança pode nascer com lábio leporino.
Se a gestante apresentar a barriga arredondada, nascerá uma mulher; se mostrar-se pontuda, virá um homem.
Pendurando-se uma aliança em fio de cabelo da gestante, se o seu movimento for para a frente e para trás, virá um menino; se for lateral, nascerá uma menina.
Nota do Cohen: Um dos maiores pesquisadores do RS, o comandante Hélio Mariante foi fundo e registrou a medicina campeira, o uso de várias práticas para a cura (calor, esterco, fumo, fitoterapia, açoterapia e vários outros). Além disso, anotou termos associados a doenças (barriga d'água, caroço, chiaço, cobreiro, pasmo, sangue grosso). Extemamente recomendável (e encontrável somente em sebos e bibliotecas) para pesquisas afins.
A seguir trataremos de tabus, de não-presta, ou faz-mal, relacionados com a vida e a morte, com doenças, com a menstruação, gravidez e parto, e com uma série de outros estados a que sói ser levado o homem.
O verbete tabu aqui empregado tem o sentido de restrição, de proibição e principalmente de proteção contra algo que possa causar um mal, objetiva ou subjetivamente.
Sobre a morte
Não se deve costurar roupa no corpo de uma pessoa, por que essa pessoa pode morrer muito breve, "só se costura no corpo mortalha de defunto". Se for necessário, proceder a costura dizendo "eu te coso vivo e não morto".
Dormir com os pés virados para a porta da rua é agouro de morte.
Doente que muda de cabeceira na cama está às portas da morte.
Dormir sobre a mesa chama a morte.
Treze pessoas sentadas à mesa ocasionará a morte de uma delas, geralmente da última que chegou.
Cachorro que uiva à noite, coruja que pia em cima da casa, ou borboleta preta (bruxa) entrando na residência é sinal que a morte anda rondando alguém da família.
Para que um defunto não inche, deve-se colocar uima chave na sua mão.
Sobre doenças
Urinar contra o vento dá gonorréia.
A urina do sapo cega.
Mijar em cima de tijolo quente é bom para urina presa (anúria).
Uma ferradura afixada numa porta evita que a doença entre na casa.
encharcar um pedaço de pão com a saliva de cirnaça acometida de coqueluche e dando-o para um cão comer, a doença transfere-se para o animal.
Sobre mau-olhado, azar, olho-grande
Matar um grilo traz azar.
Matar um urubu atrasa a vida.
Um colar feito com sete cabeças de alho previne contra o mau-olhado.
É mau agouro colocar tições em forma de cruz no fogo.
Outros assuntos
Para obter um sono leve basta colocar sob o travesseiro um esporão de quero-quero.
Menino que brinca com fogo, mija na cama.
Urinar na água é o mesmo que mijar na cara da madrinha.
Botar sal no fogo é atraso na vida.
Cobra não morde mulher menstruada por que, se o fizer, morrerá.
Mulher grávida não deve portar uma chave no seio, pois se assim proceder, a criança pode nascer com lábio leporino.
Se a gestante apresentar a barriga arredondada, nascerá uma mulher; se mostrar-se pontuda, virá um homem.
Pendurando-se uma aliança em fio de cabelo da gestante, se o seu movimento for para a frente e para trás, virá um menino; se for lateral, nascerá uma menina.
Nota do Cohen: Um dos maiores pesquisadores do RS, o comandante Hélio Mariante foi fundo e registrou a medicina campeira, o uso de várias práticas para a cura (calor, esterco, fumo, fitoterapia, açoterapia e vários outros). Além disso, anotou termos associados a doenças (barriga d'água, caroço, chiaço, cobreiro, pasmo, sangue grosso). Extemamente recomendável (e encontrável somente em sebos e bibliotecas) para pesquisas afins.
(fonte de pesquisa)
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