terça-feira, 3 de março de 2009

História de Pablo Neruda.


Pablo Neruda (Parral, 12 de Julho de 1904Santiago, 23 de Setembro de 1973) foi um poeta chileno, um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha (1934-1938) e no México.
Foi premiado com o
Nobel de Literatura de 1971.


Biografia:


Nascido Ricardo Eliezer Neftalí Reyes Basoalto, Neruda era filho de José del Carmen Reyes Morales, operário ferroviário, e de Rosa Basoalto Opazo, professora primária, morta quando Neruda tinha um mês de vida. Ainda adolescente adotou o nome de pena Pablo Neruda (inspirado no escritor checo Jan Neruda), que o acompanharia durante toda a vida, tornando-se seu nome legal, após ação de modificação do nome civil.
Em
1906 o pai se transferiu para Temuco, onde se casou com Trinidad Candia Marverde, que o poeta menciona em diversos textos, como "Confesso que vivi" e "Memorial de Ilha Negra", como o nome de Mamadre. Estudou no Liceu de Homens dessa cidade, e ali publicou seus primeiros poemas no periódico regional "A Manhã". Em 1919 obteve o terceiro lugar nos Jogos Florais de Maule com o poema Noturno Ideal.
Em
1921 radicou-se em Santiago e estudou pedagogia em francês na Universidade do Chile, obtendo o primeiro prêmio da festa da primavera com o poema "A Canção de Festa", publicado posteriormente na revista Juventude. Em 1923 publica Crespusculário, que é reconhecido por escritores como Alone, Raúl Silva Castro e Pedro Prado. No ano seguinte aparece pela Editorial Nascimento seus "Vinte poemas de amor e uma canção desesperada", no que ainda se nota uma influência do modernismo. Posteriormente se manifesta um propósito de renovação formal de intenção vanguardista em três breves livros publicados em 1936: O habitante e sua esperança; Anéis (em colaboração com Tomás Lagos) e Tentativa do homem infinito.
Em
1927 começa sua longa carreira diplomática quando é nomeado cônsul em Rangum, Birmânia. Em suas múltiplas viagens conhece em Buenos Aires Frederico Garcia Lorca e em Barcelona Rafael Alberti. Em 1935, Manuel Altolaguirre entrega a Neruda a direção da revista "Cavalo verde para a poesia" na qual é companheiro dos poetas da geração de 27. Nesse mesmo ano aparece a edição madrilenha de "Residência na terra".
Em
1936, eclode a Guerra Civil espanhola: Neruda é destituído do cargo consular e escreve "Espanha no coração"

Em 1945 é eleito senador e obtém o Prêmio Nacional de Literatura.
Em
1950 publica "Canto Geral", em que sua poesia adota intenção social, ética e política. Em 1952 publica «Os Versos do Capitão» e em 1954 «As uvas e o vento» e «Odes Elementares».
Em
1953 constrói sua casa em Santiago apelidada "La Chascona" para se encontrar clandestinamente com sua amante Matilde, a quem havia dedicado a obra «Os Versos do Capitão». A casa foi uma de suas três casas no Chile, as outras estão em Isla Negra e Valparaíso. "La Chascona" é um museu com objetos de Neruda e pode ser visitada, em Santiago. Recebeu o Prêmio Lênin da Paz.
Em
1958 apareceu Estravagario com uma nova mudança em sua poesia.
Em
1965 lhe foi outorgado o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford, Grã-Bretanha.
Em
outubro de 1971 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.
Morreu em Santiago em
23 de setembro de 1973, de câncer na próstata. Postumamente foram publicadas suas memórias em 1974, com o título "Confesso que vivi" .
Em
1994 um filme chamado Il Postino (também conhecido como O Carteiro e O Poeta ou O Carteiro de Pablo Neruda no Brasil e em Portugal) conta sua história numa ilha na Itália com sua terceira mulher Matilde. No filme Neruda torna-se amigo de um carteiro que lhe pede para ensinar a escrever versos (para poder conquistar uma bonita moça do povoado).
Durante as eleições presidenciais do Chile nos anos 70, Neruda abriu mão de sua candidatura para que
Salvador Allende vencesse, pois ambos eram marxistas e acreditavam numa América Latina mais justa que, a seu ver, poderia ocorrer com o socialismo.


Obra:


•Crepusculario. Santiago, Ediciones Claridad, 1923.
Veinte poemas de amor y una canción desesperada. Santiago, Nascimento, 1924.
•Tentativa del hombre infinito. Santiago, Nascimento, 1926.
•El habitante y su esperanza. Novela. Santiago, Nascimento, 1926. (prosa)
Residencia en la tierra (1925-1931). Madrid, Ediciones del Arbol, 1935.
•España en el corazón. Himno a las glorias del pueblo en la guerra: (1936- 1937). Santiago, Ediciones Ercilla, 1937.
•Tercera residencia (1935-1945). Buenos Aires, Losada, 1947.
Canto general. México, Talleres Gráficos de la Nación, 1950.
•Todo el amor. Santiago, Nascimento, 1953.
•Odas elementales. Buenos Aires, Losada, 1954.
•Nuevas odas elementales. Buenos Aires, Losada, 1955.
•Tercer libro de las odas. Buenos Aires, Losada, 1957.
•Estravagario. Buenos Aires, Losada, 1958.
•Cien sonetos de amor (
Cem Sonetos de Amor). Santiago, Ed. Universitaria, 1959.
•Navegaciones y regresos. Buenos Aires, Losada, 1959.
•Poesías: Las piedras de Chile. Buenos Aires, Losada, 1960.
•Cantos ceremoniales. Buenos Aires, Losada, 1961.
•Memorial de Isla Negra. Buenos Aires, Losada, 1964. 5 vols.
•Arte de pájaros. Santiago, Ediciones Sociedad de Amigos del Arte Contemporáneo, 1966.
•Fulgor y muerte de Joaquín Murieta. Bandido chileno injusticiado en California el 23 de julio de 1853. Santiago, Zig-Zag, 1967. (obra teatral)
•La Barcaola. Buenos Aires, Losada, 1967.
•Las manos del día. Buenos Aires, Losada, 1968.
•Fin del mundo. Santiago, Edición de la Sociedad de Arte Contemporáneo, 1969.
•Maremoto. Santiago, Sociedad de Arte Contemporáneo, 1970.
•La espada encendida. Buenos Aires, Losada, 1970.
•Discurso de Stockholm. Alpigrano, Italia, A. Tallone, 1972.
•Invitación al Nixonicidio y alabanza de la revolución chilena. Santiago, Empresa Editora Nacional Quimantú, 1973.
•Libro de las preguntas. Buenos Aires, Losada, 1974.
•Jardín de invierno. Buenos Aires, Losada, 1974.
•Confieso que he vivido. Memorias. Barcelona, Seix Barral, 1974. (autobiografía)
•Para nacer he nacido. Barcelona, Seix Barral, 1977.
•El río invisible. Poesía y prosa de juventud. Barcelona, Seix Barral, 1980.
•Obras completas. 3a. ed. aum. Buenos Aires, Losada, 1967. 2 vols.


Morre Lentamente...


Morre lentamente quem não viaja,

quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,

quem não se deixa ajudar, morre lentamente quem se transforma

em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos,

quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou

não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante... Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade" (Pablo Neruda)

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