quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Casas Bahia.


Casas Bahia é uma rede de varejo de móveis e eletrodomésticos do Brasil. Fundada em 1952, em São Caetano do Sul, SP, pelo imigrante polonês Samuel Klein, que iniciou como mascate vendendo produtos de porta em porta. Mas a maioria dos seu clientes eram retirantes baianos daí o nome da empresa. No dia 4 de Dezembro de 2009 o Grupo Pão de Açúcar anunciou a compra das Casas Bahia, tornando-se uma parte integrante do atualmente maior grupo varejista brasileiro.

Sobre:


As Casas Bahia conseguem seu lucro sobre as vendas em inúmeras parcelas, de maneira a tornar acessível a aquisição às classes mais humildes, que não têm como pagar à vista.
Em novembro de 2004 firmou parceria com o banco
Bradesco. Até então, as Casas Bahia financiavam cerca de 80% de suas vendas, o que significava na época uma carteira de crédito de R$ 4,5 bilhões, considerando as vendas de R$ 6 bilhões de 2003 (em 2006 já eram mais de R$ 11 bilhões). A maior parte da carteira era financiada com recursos próprios e apenas R$ 1 bilhão eram captados no mercado financeiro.
O funding passou então a receber o reforço do Bradesco: pelo acordo, o banco passou a assumir o financiamento de pelo menos R$ 100 milhões em vendas por mês. Isso significou na época um aumento quase imediato de 20% nas operações de financiamento ao consumo do próprio banco, que já haviam saltado 38% entre setembro de
2003 e setembro de 2004, atingindo R$ 15,1 bilhões.
Sob o ponto de vista da gestão financeira, é interessante observar que os recursos custariam inicialmente um pouco mais do que a taxa do Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI, e o
spread que passou a ser cobrado no financiamento das vendas será embolsado pela Casas Bahia. Em uma segunda etapa, a partir de 2005, o Bradesco passou a vender produtos financeiros aos clientes da Casas Bahia, como cartões e seguros, com a instalação de quiosques na rede de varejo; isto pode teoricamente ser bastante vantajoso para o grupo Bradesco sob o ponto de visto estratégico, em termos de ocupação de espaços mercadológicos (notadamente em crédito e cartões) com pouco ou nenhum investimento adicional em tecnologia, pontos de venda e recursos humanos e, claro, também podendo trazer vantagens de médio prazo para o grupo varejista.

Ao início de 2006, as Casas Bahia, que não exigem comprovante de renda para abertura de crediário, perdiam em torno de 10% das vendas pagas com o antigo e tradicional crédito direto ao consumidor (CDC) sob a forma de “carnê”. Enquanto isso, a taxa de inadimplência do cartão de crédito lançado em conjunto com Bradesco em 2005 oscila entre 4% e 6%. Ou seja: a Casas Bahia se dispõe a ter uma perda duas vezes maior no seu crediário do que a permitida pelo banco, que assume o risco de crédito dos cartões, através de sua administradora.
Interessante observar as disposições técnicas das lojas, onde os caixas são colocados no final, possibilitando o cliente de passar por todos os produtos todo mês para pagar o seu carnê. Os vendedores inclusive possuem meta sobre vendas na fila que são chamadas de "boca de caixa". Uma técnica de venda que é sempre analisada na gestão estratégica de negócios.


Curiosidades:


Em cinco anos de dedicado e trabalho, Samuel Klein conseguiu capital para abrir sua primeira loja, chamada Casas Bahia. Era a sua homenagem a seus fregueses, na maioria retirantes baianos vindo tentar a sorte na região.
Apesar do nome da rede se chamar "Casas Bahia", a rede inaugurou sua primeira loja nesse estado somente após 56 anos do surgimento da rede, no
Shopping Paralela, Salvador Shopping e em mais 3 pontos no município de Salvador.
A Casas Bahia, promove anualmente a "Super Casas Bahia", a maior loja do mundo, que é montada especialmente no mês de Dezembro, no pavilhão de exposições do Anhembi (em São Paulo) e no
Riocentro (localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro).
No dia
10 de novembro de 2008 um segurança das Casas Bahia matou um cliente pelo fato de ele estar mal-vestido[3]. Mesmo insistindo que o produto era para seu casamento (e estando com a nota fiscal na mão), o ambulante Alberto Milfonti Júnior morreu com um tiro no rosto[4].
SÃO PAULO , 4 de Dezembro de 2009- O Pão de Açúcar anunciou , em fato relevante, a compra da Casas Bahia, com a integração dos negócios no setor de varejo de bens duráveis com a Globex (controladora do Ponto Frio). A integração será realizada por intermédio da subsidiária do Pão de Açúcar, Mandala Empreendimentos e Participações - unidade pela qual também foi realizada a compra da Globex. Os valores do negócio ainda não foram divulgados. O grupo estima que a associação será implementada em até 120 dias, sendo que a integração dos negócios de varejo e a de comércio eletrônico serão realizadas simultaneamente. Segundo comunicado, o Pão de Açúcar irá transferir para a Globex, por R$ 120 milhões, todos os estabelecimentos comerciais onde atualmente são operados negócios de varejo de bens duráveis, exceto os negócios de comercialização de bens duráveis que opera em seus supermercados e hipermercados - que não integram a associação. Na nota o grupo cita como varejo a ser transferido a Lojas Extra-Eletro. Pelo acordo, após a integração entre Globex e Casas Bahia, o Pão de Açúcar terá 50% mais uma ação na nova empresa. A Casas Bahia, por sua vez, ficará com 47,84% das ONs e 2,21% das PNs. A intenção de ambas, segundo comunicado, é que a Casas Bahia atinja uma participação de 49% no capital votante de Globex. Conforme a adesão dos minoritários à OPA, a cada lote de 100 ações da Globex que a Mandala adquirir, a Casas Bahia converterá 105 ações preferenciais em ações ordinárias de emissão da Globex. Caso restem ações PN não convertidas após liquidação da OPA, a Globex deverá resgatá-las ao mesmo preço de emissão.
Rafael Klein filho de Samuel Klein fundador das Casas Bahia ocupará cargo de diretor presidente da nova empresa.
O conselho de administração deverá nomear Raphael Klein para ocupar o cargo de diretor presidente da companhia, para um primeiro mandato de 2 anos. Jorge Herzog e Roberto Fulcherberguer devem ocupar os cargos de vice-presidentes.
O Pão de Açúcar ainda tem assegurada a eleição da maioria dos membros do conselho de administração da Globex. Enquanto a Casas Bahia terá o direito de eleger determinado número de membros correspondente ao seu porcentual no capital social da Globex. O presidente do conselho de administração, por indicação do Pão de Açúcar, será Michael Klein.
Até a primeira reunião do conselho, após a assinatura do acordo, o Pão de Açúcar indicará o diretor financeiro e de Relações com Investidores, além de outros nomes para compor a diretoria da companhia.
Nova PontoCom reunirá negócios
O Pão de Açúcar informa que na associação com a Casas Bahia também serão consolidados, em uma ou mais sociedades, os negócios de comércio eletrônico de bens duráveis na Nova PontoCom, que hoje são explorados por Globex, Casas Bahia e Pão de Açúcar.
A transferência destes negócios à Nova PontoCom será realizada por meio de operação ou operações sucessivas, de acordo com a estrutura por estas julgadas mais eficiente, acrescenta a rede de supermercados em fato relevante.
Como resultado da integração dos negócios de comércio eletrônico, a Casas Bahia terá uma participação societária de 17% da totalidade do capital social da Nova Pontocom.
Pão de Açúcar: gigante do varejo
No início de junho, o Grupo Pão de Açúcar bateu o martelo para a compra do Ponto Frio e se transformou na maior companhia do varejo brasileiro - superando o rival Carrefour -, com faturamento de R$ 26 bilhões, 79 mil funcionários e mais de mil lojas espalhadas por 18 Estados.
Após ter até anunciado que não estava no páreo, o grupo comandado por Abilio Diniz desbancou redes apontadas como favoritas à compra da companhia, como o Magazine Luiza e a Lojas Insinuante, líder na região Nordeste. A transação inclui as 455 lojas físicas do Ponto Frio, a loja virtual, a participação na financeira Investcred e centros de distribuição.
A empresa de Abílio Diniz, que também é dona da bandeira Extra, buscou ainda ampliar sua presença no setor do atacarejo em 2009, por meio da rede Assai. O grupo comprou a participação de 40% que ainda não detinha do capital da Assai em julho. O total a ser pago pela participação será de R$ 175 milhões, valor que pode chegar a R$ 200 milhões.
O grupo fechou o terceiro trimestre com um lucro líquido de R$ 171 milhões, um crescimento de 210,3% em relação ao mesmo período de 2008. A receita líquida consolidada atingiu R$ 6,151 bilhões, um aumento de 15,1% na mesma comparação. Sem as operações do Ponto Frio, o lucro do Grupo Pão de Açúcar somou R$ 206,7 milhões.
Na apresentação dos resultados, o vice-presidente do Grupo Pão de Açúcar, Enéas Pestana, afirmou que os investimentos da companhia serão "muito agressivos" em 2010, com desembolsos superiores aos de 2009 - que devem ficar pouco abaixo da meta inicial, de R$ 750 milhões. Segundo Pestana, os planos poderão ser revistos apenas diante de alguma aquisição. "Se houver alguma aquisição, vai ter impacto no plano orgânico", disse.
Caso sejam concretizados em sua totalidade, os aportes serão direcionados principalmente às lojas Extra Fácil, Assai e Extra. Segundo Pestana, a companhia mantém uma equipe de fusões e aquisições que está buscando oportunidades em supermercados, drogarias e lojas de eletroeletrônicos.

Referências



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